35 anos de surf.

Eu, Renato Zurlini, sonhador de grandes sonhos! Fascinado pela vida e suas histórias! Terapeuta e surfista.
Escutar, falar e participar de histórias para transformar e melhorar humanos pelo autoconhecimento foi minha escolha de vida. O fascínio pelo esporte como ferramenta de conexão esteve sempre presente em mim.
Aos 12 anos de idade, meus pais compraram uma casa na praia. Passava horas admirando o Mar. Os movimentos irregulares das ondas, o cheiro, a combinação perfeita de cores que passavam pelo branco da areia, seguiam para o verde do mar e terminavam lá no azul do céu. Não resisti por muito tempo lá sentado, e o surf começou a fazer parte da minha vida. Foi no mar que aprendi a me relacionar com o sentir. Nossa relação é de amor sereno baseada no respeito, entrega e conexão. Assim como eu e a vida, o mar nunca é igual! As vezes as ondas estão grandes, as vezes menores. As vezes tem correnteza, as vezes te puxa pra dentro do oceano. Sempre dá medo, porque a gente nunca sabe o que vai encontrar....aprendi a fazer bom uso do medo e transformá-lo em coragem!
Hoje, completo 35 anos de surf e continuo apaixonado pelo mar como da primeira vez. O tesão é o mesmo! Resultado de uma relação contínua de respeito, amor e cumplicidade, que me traz prazer e paz. Sentado na prancha, ouvindo meu próprio silêncio no barulho do mar, esperando a hora certa de remar, deslizando na onda até meus pés tocarem na areia... para voltar infinitas vezes e sentir as mesmas emoções. Ahhh ! O Mar!
Expansão e conexão. A intensidade com que eu surfo está 100 % vinculada com meu espírito de vida. Pouco depois, comecei a me relacionar com pessoas de forma mais profunda, tanto na minha vida pessoal como profissional. O encantamento pelas conexões através da imagem me fizeram escolher o meu primeiro trabalho: a direção de arte Transformava sonhos em imagens que conectava pessoas, marcas e desejos.
A vida foi seguindo... casamento, filhos e a rotina foi me prendendo mais em São Paulo. As idas e vindas da praia já ficavam mais espaçadas, e um novo esporte me fez a cabeça: o triathlon. Fui triatleta de endurance por 10 anos. Aprendi a buscar objetivos impossíveis, um passo de cada vez. Aprendi resiliência. Aprendi a lidar com a dor e continuar. Aprendi que nada é impossível desde que você saiba onde quer ir.
Essa foi a época mais introspectiva da minha vida, onde minha escolha esportiva definia claramente o meu estado de espírito. Eu tinha uma vontade imensa de me conectar, mas dessa vez era diferente, era uma auto-conexão. Buscar dentro de mim os meus limites. Foi nesse momento da vida que comecei a estudar psicologia pra tentar me achar. Minhas sessões de terapia aumentaram assim como os treinos. Foi um processo de corpo e mente crescendo juntos.
Então, a propaganda foi deixando de fazer sentido. As verdades impostas já não casavam mais com o que eu acreditava, transformá-las em possibilidades, para o mundo. Estava mais maduro, carregava uma bagagem grande de conhecimentos, experiências de vida e tinha uma imensa vontade de compartilhar e ajudar. Trazer à tona o autoconhecimento e a conexão entre as pessoas através do diálogo.
Hoje, aos 47 anos, corro, surfo e conecto pessoas com elas mesmas e com seus universos.